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Poesia: Ó Deus, cadê a chuva?
Que vida, meu Deus! Que vida...
Dorida a do meu Sertão!
A chuva é só promessa.
A seca esturrica o chão.
Os bichos morrem de fome.
Viver é dura missão.
A lida consome o homem;
Sem água e também sem pão.
Que vida, meu Deus! Que vida...
Dorida a do meu Rincão!
Abundância, mero
sonho.
Fartura, só de ilusão.
Em meu sertão nordestino,
Fé rima com Damião.
O pranto, regando o solo,
Faz nascer pelo caminho
O cacto da solidão.
Que vida, meu Deus! Que vida...
Dorida a do meu Sertão!
Dóris Araújo
