Os dias em que a terra parava!
29 de Abril de 1962, na fazenda Lagoa do Morro distrito de Brejões nascia Hugo Santos Soares, terceiro filho de um quinteto de Seu Zevi e Dona Loza. Viveu grande parte de sua infância e adolescência no distrito de Serrana ( conhecido como KM100 ) , muito próximo de onde nascera e tbm distrito de Brejões. Tendo uma infância levada e sob a rédeas da doutrina paternal e maternal da época, estudou na sede, na escola Goes Calmon. Não, não ... Estudo não foi sua paixão, a única disciplina que havia 10 era Artes, logo vc saberá pq... , Hugo apaixonou-se pela bola e criou com ela uma reciprocidade amorosa incrível. Dono de uma canhota invejável aos amantes do futebol, ele tratava a bola como minha querida e ela respondia dizendo eis-me aqui, use-me e abuse-me. Assim começou essa jornada com vitórias, conquistas, jogos e jogadas memoráveis, a terra parava diante dos olhos de quem prestigiava as jogadas dele. Para quem assistia seus jogos logo entendia pq 10 em Artes, afinal so artista fazia malabarismo com a bola. Hugo tinha um jeito ímpar de conduzir a bola e se futebol naquele época não fosse tratado como esporte sem futuro, Seu Zevi não teria o impedido de aceitar o convite para jogar no Santos . Hugo Flamenguista doente, apaixonadamente fervoroso, daquele capaz de ter seu dia estragado com a derrota de seu time, que tinha como ídolo Zico e que mesmo depois de aposentado fazia questão de contar e mostrar a seu filho suas façanhas em campo e essas são memoráveis, habitam nas lembranças que quem conviveu e atuou com ele até os dias de hoje. Hugo foi casado com Claudete Santos e teve dois filhos, Elzevir Neto e Larissa e 3 netos, Nicholas, Júlia e Victor Hugo. Trabalhou boa parte de sua vida como caminhoneiro, porém em 22 de Julho de 2017 veio a falecer em decorrência de um câncer . Hugo não era de meio termo, se gostasse te amava, se não, nem chegasse perto. Tinha um coração imenso para ajudar ao próximo... E deixou um legado de amor e família para os que o conhecia. Ele como amante do futebol tinha um jeito especial de cobrar pênaltis e por incrível que pareça no dia exato do seu falecimento, minutos antes, seu time do coração fazia um gol de penalti com a cobrança de um canhoto do jeito certinho que ele descrevia cobrar, como se o futebol tivesse o homenageado naquele momento. Hugo foi enterrado no distrito de Serrana tendo no seu caixão uma camisa do Flamengo e o sentimento de amor que ele construiu para com sua família e amigos, como sempre foi o seu desejo. Diz a lenda que a bola ainda chora sua partida, pois poucos a trataram com tanto amor e carinho.
Forte abraço Hugo, te amamos.
